A doença inflamatória pélvica (DIP) é a principal causa de morbidade infecciosa do trato genital feminino.É um termo geral que refere-se a infecção do útero, tubas de falópio, e outros órgãos do sistema reprodutivo feminino. É uma complicação comum e séria de algumas doenças sexualmente transmissíveis, especialmente clamídia e gonorréia. Ela pode danificar os tubos de falópio e tecidos próximos ao útero e ovários. Dentre as conseqüências graves da doença estão infertilidade, gravidez ectópica (fora do útero), formação de abscesso e dor pélvica crônica.
A DIP costuma ser mais freqüente e mais severa em mulheres HIV-positivas, provavelmente pela alteração determinada no curso natural da doença sobre influência da infecção pelo HIV.
Por ser mais comum e severa em mulheres HIV-positivas a terapia para DIP deve ser mais agressiva com hospitalização mais freqüente, principalmente se houver imunossupressão. Até o momento a terapêutica da DIP em HIV-positivas não difere do empregado em mulheres HIV-negativas, porque parece não existir diferença significativa nos organismos.