domingo, 7 de novembro de 2010
Reparo tecidual
O reparo tecidual é um estado dinâmico que compreende diferentes processos, entre eles, inflamação, proliferação celular e síntese de elementos que constituem a matriz extracelular, como colágeno, elastina e fibras reticulares. A síntese de colágeno é processo rápido e harmônico que tem seu início com a lesão intersticial e se estende até o final da fase de cicatrização, quando ocorre a remodelação dos tecidos. A cicatrização é um processo complexo, onde estão envolvidos não apenas fatores de crescimento e proliferação celular, como também processos celulares e bioquímicos no reparo da ferida. O processo de cicatrização pode ser dividido em três principais fases: inflamação, fase fibroblástica e remodelação. A inflamação pode ser definida como uma reação do tecido conjuntivo vascularizado às agressões. Na fase fibroblástica com a ativação de macrófagos na ferida e com a elaboração de fatores de crescimento específicos, a matriz extracelular pode começar a ser substituída por outros componentes mais resistente e elástico. A remodelação é a fase final da restauração e é nesta fase que a ferida adquire sua máxima resistência, a qual é atribuída à deposição de colágeno e sua remodelagem pelas colagenases, de modo que sejam formados feixes maiores desta proteína. A cicatrização pode ser classificada como de primeira ou segunda intenção. A primeira caracteriza-se por ser uma ferida onde há um estreito espaço entre as bordas, que é imediatamente preenchido por sangue coagulado, formando uma crosta; na segunda a incisão leva a um maior afastamento entre as bordas, com formação de tecido de granulação, posterior epitelização e contração da ferida. Existem fatores que interferem ou retardam o processo fisiológico de cicatrização, podendo-se destacar: presença de infecção, idade, patologia, suprimento sanguíneo, localização da lesão, estado nutricional e performance imunológica.
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