No adulto, cerca de 98% do cálcio está localizado nos ossos, principalmente sob a forma de hidroxiapatita, uma rede composta por cálcio e fósforo. O restante, cerca de 2%, encontra-se no fluido extracelular e em outros tecidos, principalmente no músculo esquelético. O íon cálcio está entre os principais componentes minerais do organismo e desempenha um papel fundamental na mineralização óssea. Além disso, ele atua juntamente com a vitamina K, nos sistema circulatório, auxiliando na coagulação do sangue. Ele age influenciando na ação do lab-fermento e coordena as ações do sódio e do potássio, na contração muscular do coração.

O hiperparatiroidismo é mais freqüente nas mulheres do que nos homens e desenvolve-se com maior freqüência nas pessoas adultas e nas que receberam tratamento com radioterapia no pescoço. Por vezes, o hiperparatiroidismo ocorre como parte da síndrome de neoplasia endócrina múltipla (uma doença hereditária muito pouco freqüente).
A hipercalcemia é provavelmente a síndrome paraneoplásica encontrada com maior freqüência; uma hipercalcemia francamente sintomática está na maioria das vezes relacionada com alguma forma de câncer em vez de hiperparatiroidismo. Dois processos gerais estão envolvidos na hipercalcemia associada com o câncer: (1) osteólise induzida pelo câncer, seja primária do osso, como no mieloma múltiplo ou metastásico para o osso de qualquer lesão primária, e (2) a produção de substâncias calcêmicas humorais por neoplasmas extraósseos. A hipercalcemia causada por metástases de esqueleto não é uma síndrome paraneoplásica.
O quadro clínico de hipercalcemia pode incluir sintomas gastrointestinais (obstipação intestinal, anorexia, náuseas, vômitos, úlcera péptica), poliúria, polidipsia, encurtamento do intervalo QT no ECG, etc. Os sintomas de hipercalcemia, independentemente da causa, estão relacionados ao nível e ao tempo de instalação da hipercalcemia. A maioria dos pacientes dificilmente apresenta os sintomas descritos acima com calcemia inferior a 12 mg/dL. Entretanto, pacientes com calcemia superior a 14 mg/dL geralmente são sintomáticos.
O tratamento depende da amplitude e das causas do aumento da concentração de cálcio no sangue. Se a concentração de cálcio não for superior a 11,5 mg por decilitro de sangue, muitas vezes é suficiente a correção da causa de base. Aconselha-se habitualmente às pessoas com um funcionamento renal normal e que têm tendência para desenvolver hipercalcemia que bebam muitos líquidos, o que estimula os rins para excretar o cálcio e ajuda a prevenir a desidratação. Quando a concentração de cálcio é muito elevada (superior a 15 mg por decilitro de sangue) ou quando aparecem sintomas de disfunção cerebral, dão-se líquidos por via endovenosa sempre que o funcionamento renal for normal. Os diuréticos como a furosemida aumentam a excreção renal de cálcio e são o pilar fundamental do tratamento. A diálise é um tratamento fiável, seguro e altamente eficaz, mas em geral reserva-se para quem sofre de uma hipercalcemia grave que não pode ser tratada por outros métodos.
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