sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Pericardite Constritiva


 A pericardite contritiva é uma patologia, embora a maioria dos casos idiopática, pode ocorrer após cirugia cardíaca, radioterapia e tuberculose, especialmente em países em desenvolvimento.
O coração pode ser envolvido por um tecido cicatricial fibroso, denso ou fibrocalcificado que limita a expansão diastólica e restringe seriamente o débito cardíaco; produz-se,desse modo, um quadro semelhante ao da cardiomiopatia estritiva. Pode ou não haver uma história bem definida de pericardite prévia. Na pericardite constritiva, o espaço pericárdico está obliterado, e o coração esta rodeado por uma camada aderente e densa de tecido cicatricial com ou sem calcificação, muitas vezes com uma espessura de 0,5 a 1,0 cm, que, nos casos extremos, pode se assemelhar a um molde de gesso (concretio cordis). 
Embora os sinais de insuficiência cardíaca possam se assemelhar áqueles produzidos pela mediastinopericardite adesiva, não ocorre nem hipertrofia, nem dilatação cardíacas por causa do tecido cicatricial denso e restritivo, e, em conseqüência, o coração permanece silencioso e com débito reduzido. 
A pericardiectomia é o tratamento definitivo para a pericardite constritiva,mas não está indicado para constrições iniciais ou em doenças avançadas e severa, quando o risco cirúrgico é alto e os benefícios não são. O envolvimento do pericárdio visceral aumenta o risco cirúrgico. O alívio sintomático e a normalização das pressões cardíacas levam alguns meses pós-pericardiectomia para ocorrer. Em alguns pacientes, a pericardite constritiva resolv-se espontaneamente ou em resposta a combinação de anti-inflamatórios não esteróides, corticóides e antibióticos. Diuréticos e digoxina são úteis em pacientes que não são candidatos a pericatdiectomia.
 
        

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