sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Linfoma

Os linfomas são tumores malignos do sistema linfático. O sistema linfático é responsável pelo transporte de um tipo específico de leucócitos, os linfócitos, por meio dos vasos linfáticos, para todas as partes do corpo, inclusive para a medula óssea. Espalhados por toda essa rede encontram-se acúmulos de linfócitos nos linfonodos, chamados popularmente de glândulas linfáticas. Os linfócitos cancerosos podem estar agrupados em um único linfonodo ou podem se espalhar por todo o corpo. Os dois tipos principais de linfoma são o linfoma de Hodgkin, conhecido como doença de Hodgkin, e o linfoma não- Hodgkin. Essas duas doenças apresentam algumas características clínicas semelhantes, mas divergem na célula de origem, na forma de apresentação, no tipo de tratamento e nos resultados deste último. Estão entre as doenças malignas que melhor respondem ao tratamento com radioterapia e quimioterapia. O linfoma não-Hodgkin apresenta vários subtipos, dentre eles o linfoma de Burkitt e  o linfoma cutâneo de células T ou micose fungóide.
Linfoma de Hodgkin
Vários fatores estão associados à etiologia da Doença de Hodgkin; a infecção pelo vírus Epstein-Barr (causador da mononucleose), é um desses fatores. Um número de estudos tem mostrado uma predisposição genética para a doença de Hodgkin, demonstrada pela maior tendência dos judeus a desenvolver a doença e pela maior incidência entre filhos e parentes próximos. Alguns fatores de exposição ambiental podem influenciar, não sendo ainda bem comprovados.O diagnóstico é realizado pela presença de alteração nos gânglios linfáticos, que, de acordo com a localização, podem provocar sintomatologia distinta e principalmente pela avaliação histopatológica (avaliação em microscópio). Os gânglios linfáticos aumentam de tamanho, apresentando uma consistência tipo borrachosa. Podem disseminar-se para o fígado e para a medula óssea.

Linfoma não-Hodgkin

O linfoma não-Hodgkin é reconhecidamente derivado de subpopulações de células brancas do sangue (células B e T), originadas na medula óssea. Avanços na imunologia e na biologia molecular têm auxiliado muito na detecção desses tumores, além de abrir caminhos para novas estratégias de tratamento. Os linfomas não-Hodgkin compreendem um grande grupo heterogêneo de canceres do sistema linfóide, com diferentes locais de origem, diferentes comportamentos clínicos, e principalmente pelo tipo de tratamento e resposta a esse.Diferente da doença de Hodgkin, os linfomas não-Hodgkin acometem com maior freqüência o sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal), assim como a medula óssea. Habitualmente acometem os linfonodos mais periféricos como os localizados próximo ao cotovelo, próximo ao joelho e os localizados no mesentério (parte localizada próximo ao intestino) além de uma região próxima às amígdalas, chamada de anel de Waldeyer.
Pessoas com sistema imune comprometido, como conseqüência de doenças genéticas hereditárias, infecção pelo HIV, uso de drogas imunossupressoras, têm risco um pouco maior de desenvolver a doença.A doença pode surgir em qualquer parte do corpo e os sintomas dependem da sua localização. Caso se desenvolva em linfonodos que estão próximos à pele, no pescoço, axilas e virilhas, os sintomas provavelmente incluirão a apresentação de linfonodos aumentados e indolores nestes locais. Se a doença ocorre na região do tórax, os sintomas podem ser de tosse, "falta de ar" (dispnéia) e dor torácica. E quando se apresenta na pelve e no abdome, os sintomas podem ser de plenitude e distensão abdominal. Outros sintomas incluem febre, fadiga, sudorese noturna, perda de peso, e prurido ("coceira na pele").

Nenhum comentário:

Postar um comentário